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AK

2005 

AK

 

               O presente trabalho dá continuidade às investigações que venho desenvolvendo a respeito das múltiplas ocorrências da linha na minha produção tridimensional. Para mim ele se configura como um projeto piloto de um trabalho em andamento. É a oportunidade que se apresenta de testá-lo e amadurecê-lo, pois é imprescindível vivenciar cada experiência testando-a nas condições, se possível mais adversas, alimentando os passos que alimentarão a etapa seguinte.

                  Quanto ao modo de apresentação ele foi montado sobre a parede da Galeria Xico Stockinger da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre no ano de 2005, na exposição inaugural do grupo 3X4 que compunha com Nelson Wilbert, Laura Fróes e Helena D’Ávila, na qual cada um desenvolveu seu próprio trabalho.  A montagem denominava-se 3X4 Construindo a Identidade.

                   AK é um vocábulo de raiz latina para a palavra agulha. Escolhi AK para dar título pelo fato de ser uma palavra curta, composta por duas letras que fisicamente são "pontudas", lembrando agulhas ou raízes.  

                 AK  é constituído por agulhas de diversos tamanhos associadas ao uso da linha de costura, bússola, plástico colorido translúcido e lombada de encadernação. A iluminação a desenhei de modo a contsruir pontos de luz ao longo da parede fazendoa incidir não só sobre as pequenas peças mas ocasionalmente em áreas 'vazias' da parede branca.

                  Os ímãs desempenham o papel de conexões e, simultaneamente, de pontos de repouso e desvio do percurso da linha. Esta conexão se efetiva através das múltiplas aparições da linha. Uma delas refere-se à escolha da espessura da linha de costura, pois estava em busca de uma que fosse tão fina a ponto de só conseguir dar conta de sua existência a partir de sua sombra projetada na parede. E esta linha é constituída por náilon que é, praticamente, invisível a olho nu, assemelhando-se a um fio de teia de aranha. 

                   E, como é peculiar aos ímãs, eles criam outras linhas, dessa vez invisíveis. Eles geram um campo magnético forte o bastante para colocar em xeque esta invisibilidade da linha, pois é impossível não intuí-la ao constatarmos uma agulha “parada” no ar, desafiando a gravidade e apontando para o alto, mas sem tocar no ímã que a atrai. 

                  This work continues the investigations I have been developing regarding the multiple occurrences of the line in my three-dimensional production. For me, it appears as a pilot project of work in progress. It is the opportunity that presents itself to test it and mature it, as it is essential to live each experience, testing it under conditions, if possible more adverse, feeding the steps that will feed the next stage. As for the way of presentation, it was mounted on the wall of the Xico Stockinger Gallery of the Casa de Cultura Mário Quintana, in Porto Alegre in 2005, in the inaugural exhibition of the group 3X4 that formed with Nelson Wilbert, Laura Fróes and Helena D'Ávila, in which each person developed their own work. The assembly was called 3X4 Building Identity.

                   AK is a word with a Latin root for the word needle. I chose AK to give the title because it is a short word, made up of two letters that are physically "pointy", resembling needles or roots.

                 AK  consists of needles of different sizes associated with the use of sewing thread, compass, translucent colored plastic and binding spine. I designed the lighting to build points of light along the wall, making it fall not only on the small pieces but occasionally on 'empty' areas of the white wall.

                   The magnets play the role of connections and, simultaneously, of resting points and deviations from the line's path. This connection is effective through the multiple appearances of the line. One of them refers to the choice of the thickness of the sewing thread, as I was looking for one that was so thin that I could only realize its existence from its shadow projected on the wall. And this line is made of nylon, which is practically invisible to the naked eye, resembling a thread of spider web.

                   And, as is peculiar to magnets, they create other lines, this time invisible. They generate a magnetic field strong enough to call into question this invisibility of the line, as it is impossible not to intuit it when we see a needle “still” in the air, defying gravity and pointing upwards, but without touching the magnet that holds it. attracts.

Carlos Krauz

2005  2024

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