top of page

TUBO DE COBRE E OUTROS MATERIAIS  |  COPPER PIPE AND OTHER MATERIALS 

1990  1991  1993

                         No início da década de 90, materiais como o tubo de cobre ou as cintas de aço estiveram presentes em meus trabalhos.

                         No caso do tubo de cobre me interessava usá-lo primeiramente como uma linha, explorando esse elemento gráfico que migrava de meus desenhos da época para experimentá-lo diretamente no espaço.

                         Entretanto era um tubo e isso me permitiria passar outros materiais pelo seu interior, como no caso da obra na qual o tecido passa por dentro do tubo e fixa-se, ao alto, nos barrotes da edificação através de um nó e, para baixo, nas frestas do assoalho por meio de pedaços de cobre encaixados. Esse procedimento vinculou-o à arquitetura daquele prédio secular.

                         No que se refere ao uso das cintas de aço por vezes me utilizei formalmente do raciocínio da Cinta de Möbius, explorando a ambiguidade provocada por este raciocínio convidando o olhar a percorrer a peça em ‘looping’, ora pelo lado de dentro da cinta, ora pelo de fora. A esse movimento adensava-se a tensão exercida pela madeira que estira a forma do metal desenhando o símbolo do infinito.

                          A cinta também aparece a outro trabalho, neste caso associada ao lençol de borracha preto. O peso da cinta, associado a sua curvatura sobre a borracha, cria uma cumplicidade entre os materiais, pois o peso, a pressão exercida pela curvatura e o polimento da superfície da cinta mantêm-na presa sobre a boracha. E essa, pela sua característica material de reter corpos polidos, não deixa a cinta deslizar.

                         At the beginning of the 90s, materials such as copper tubes or steel belts were present in my work.

                         In the case of the copper tube, I was interested in using it primarily as a line, exploring this graphic element that migrated from my drawings at the time to experience it directly in space.

                         However, it was a tube and this would allow me to pass other materials through its interior, as in the case of the work in which the fabric passes through the tube and is fixed, at the top, to the beams of the building through a knot and, downwards, in the cracks in the floor using fitted pieces of copper. This procedure linked it to the architecture of that secular building.

                         With regard to the use of steel belts, I sometimes formally used the Möbius Belt reasoning, exploring the ambiguity caused by this reasoning, inviting the eye to go through the piece in a 'looping' way, sometimes from the inside of the belt, sometimes outside hair. This movement intensifies the tension exerted by the wood, which stretches the shape of the metal, drawing the infinity symbol.

                          The strap also appears in another work, in this case associated with the black rubber sheet. The weight of the belt, associated with its curvature on the rubber, creates a complicity between the materials, as the weight, the pressure exerted by the curvature and the polishing of the belt's surface keep it stuck on the rubber. And this, due to its material characteristic of retaining polished bodies, does not let the strap slide.

bottom of page